quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Sucumbindo

Ele não merece, mas mais uma vez eu estou aqui, escrevendo sobre ele. Como ele disse ninguém tem nada a ver com meus sentimentos, mas se eu não escrever eu vou explodir. Já fazem duas semanas que estou me mantendo forte, sem chorar, indo muito bem obrigada. Mas hoje, fazem quatro semanas, não tinha como lembrar daquela quarta-feira. Fiquei atordoada, como se não conseguisse entender o que estava acontecendo com nós dois. No domingo me amando como se o mundo acabasse na segunda, na quarta olhando nos meus olhos e dizendo que não sentia nada por mim. Ouvindo "fix you", eu me desabo, e todo o progresso desses dias eu deixo se perder.
Nunca alguém me disse palavras tão amargas, como posso ainda sentir saudades? Saudades do abraço enorme e sufocante dele, do beijo que parecia que ia me engolir, do ciumes bobo e excessivo, das ligações, dele...  Como alguém pode ser tão masoquista? Querer o que lhe machuca, o que lhe destrói.
Ele não vai ler isso aqui e nunca saberá quanto a falta dele é sentida. Se lesse diria que estou me expondo, que deveria me preservar mais, por que pra ele é assim, sentimentos são exposições, caminhos para feridas. E no caso dele foi aonde ele me levou.

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quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Se foi

Eu tenho falado muito no seu nome nos últimos dias, talvez por carência, talvez por tristeza, ou só saudade. Olho sua foto no facebook, sempre tão bonito, tão sério, ela me lembra de cinco em cinco minutos que você já não é mais meu. Lembro das nossas noites, nossos telefonemas, nossos momentos. Como é possível tanto ciúmes não ser nada? Tanta cobrança pelo que então? Meus amigos dizem que você enlouqueceu, alguns acham que você volta, que é apenas mais um de seus joguinhos. Mania de viver me testando! Meu coração tá confuso, sem opinião, tenta juntar as peças, montar a nossa história em forma de quebra-cabeça, junta, junta, e nada se encaixa.  Não consigo! Ontem me amando como se o mundo estivesse no fim, e hoje simplesmente não sente mais nada? Não consigo te imaginar tão cínico, tão falso, não é você, não pode ser...
Queria te ligar e falar, "Ei, o que você está fazendo cara? Não tá vendo que está me perdendo, que vai acabar sozinho e isso não é bom? Não caiu a ficha ainda que não, você não vive sozinho e sim que você precisa de mim? Cara, eu gosto tanto de você, volta, volta! Te faço um chá e um cafuné." Mas não dá, por que carinho e atenção a gente não implora, importância não se impõe. Amor não se migalha. 
Evito lembrar a última vez que eu te vi, foi tão triste. Chorando eu tentava entender o que estava acontecendo, e você tentava me fazer parar de chorar. Eu parei, mas por não aguentar mais olhar para o seu rosto e ver você repetir quantas vezes eu (não) quisesse ouvir, "eu não gosto mais de você, desgostei". Assim em uma semana? Assim em uma semana! 
Não sei o que sinto mais, tristeza ou raiva, tristeza por saber que ninguém vai fazer por você o que eu fiz, ninguém vai gostar tanto de você como eu gostei, e você sabe disso. Ou raiva por você estar desistindo assim, sem mais nem menos, sem aviso prévio. 
A uma semana eu tentei escapar, tentei te dizer que o amor que eu sentia, que apesar dos 2,02m de altura, não cabia em você. Eu lembro de todas suas palavras, você dizia gostar, você dizia me querer, por que mentiu? No fundo não acredito que mentiu sabe... Ainda lembro você vermelho dizendo "eu gosto de você", foi a coisa mais fofa, mais deliciosa e mais feliz que você já me fez. Não consigo acreditar que seja mentira. 
Ainda estou com vontade de te ligar, mandar uma sms, sinal de fumaça, qualquer contato com você. Dá vontade de inventar uma desculpa esfarrapada, igual a sua, e te ligar. Ou você acha que eu acredito que você ligou só pelo número da fulana para o seu amigo cicrano? Ele nem ligou para ela. Deixa eu pensar, uma desculpa boa, melhor que a sua... Hum, ainda será uma desculpa, e você iria perceber. E se for verdade mesmo que você não gosta de mim? Acabarei por palhaça mais uma vez. Melhor não ligar. Por que como diz a nossa querida Tati Bernardi: "Mas amor, você sabe, amor não se pede. Amor se declara".
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